São Paulo, 5 de março de 2006.


A Paz de nosso senhor Jesus Cristo!

Recordando algumas etapas, vamos fazer um pequeno resumo para organizar as informações e continuar se aprofundando neste Universo Espiritual.

- Filadélfia, Apocalipse 3.10: "Como guardastes a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam a terra”.

Gostaria agora de apresentar alguns pontos sobre este versículo:

Vivemos hoje numa sociedade capitalista de concorrências e consumos, onde riqueza esta indexada a um instrumento chamado "dinheiro". Este processo a luta para ser o melhor torna-se uma obsessão doentia de um circulo vicioso de buscar a cada dia informações, para se manter dentro de uma sociedade e desenvolver formulas para "ganhar e guardar dinheiro", numa realidade de trocas onde as hipocrisias de se manter as aparências de boas relações, estão concentradas em valores que priorizam a união para se ter mais poder de dominar o controle financeiro. Ou seja, o sistema capitalista atual estimula a concorrência, velocidade de informações e aumento das rotações comerciais, conseqüentemente o poder fica facilmente dominado por sistemas e organizações financeiras. Nesta corrida por quantidade encontramos o homem tomando sedativos diários (trabalha, estuda, namora, passeia,  casa, fabrica filhos, separa, etc...) apenas para ocultar sua depressão (insegurança de não saber quem é, de onde veio e para onde vai), por isso o ser humano atual se assemelha a um adolescente dirigindo um automóvel em via publica sem respeitar a velocidade, a distancia do carro a sua frente, os faróis vermelhos, as condições do tempo, etc... a sua única preocupação está em chegar primeiro. Criou-se um sistema de muitas ambições, mas subestimaram a necessidade se valorizar os freios. Os resultados são constantes acidentes (corrupção, guerras, injustiças sociais, falências de valores, etc...).

Mas apesar da irresponsabilidade humana, existe uma maturidade universal que recicla toda essa enfermidade coletiva chamada: consumismo sem discernimento vocacional, essa sabedoria que detém todo o poder, monitora cada situação dividindo com justiça a parte do menor, por isso os últimos serão os primeiros.

Vamos agora meditar num ponto crucial da injustiça capitalista, "má distribuição de rendas".
A origem desta deformação esta concentrada na distorção da relação Capital-Trabalho, ou seja, o dinheiro compra o trabalho gerando uma concorrência de subempregos e supervalorização do capital.

Observemos alguns exemplos:

Numa certa família tudo era perfeito até que um dia o pai pediu para o filho lavar seu carro, como sempre, ele fazia isso com satisfação, entretanto devido a amizades externas que o convidavam para diversões onde havia a necessidade de dinheiro, ele resolveu cobrar por aquele simples ato de lavar um carro da família. O pai indignado aguardou o momento da refeição para da mesma forma cobrar pelo alimento que consumia. E assim quebrou-se um elo chamado união de respeito e amor, e plantou-se um sentimento egoísta de ter dinheiro para comprar a própria família. Essa supervalorização deste agente invasor criou-se essa síndrome de sexo de consumo e filhos como instrumentos para suprir as carências pessoais. Numa sociedade onde a base é corrupta toda visão de justiça se torna passional.

Como a visão justa é aquela que prioriza o menor, vamos entrar no coração de uma criança e com os seus olhos e com a sua cabeça, discernir suas prioridades.

- viver numa família completa (Pai, Mãe, Irmãos);
- que haja alegria na convivência apesar das diferenças, e o prazer de participar de planos coletivos;
- nas trocas solidárias descobre-se a fartura de riquezas;
- a gratidão pela paz na criação e na emancipação;
- sentir o prazer de fazer tudo bem feito, pela abundancia do amor mutuo;
- conviver com a prosperidade sem pressa;
- compartilhar com a alegria de poder praticar a caridade.

Agora vamos vislumbrar um sistema neo-capitalista cuja base se concentra em fazer da família uma empresa compacta que detenha os três ciclos do sistema comercial: Produção, Criação, Liquidez, mas indexado ao sistema coletivo para atualização e convivência social sem perder sua unidade de criação de Amor. Neste processo quebra-se o stress da prosperidade e se prioriza a luta pela manutenção da conivência sadia fazendo do sistema de trocas apenas referencias para convivências não necessitando de valores externos para a preservação da paz interna.

Neste estagio as lideranças familiares desempenhariam um papel fundamental para preservação e integração nos lares (empresas) daqueles que estão á parte do sistema (órfãos, viúvas, desamparados), haveria a necessidade de criação de escolas com know-how consignado, o aluno pagaria somente depois de efetivamente ter lucro com as informações recebidas, seria em forma de gratidão e não de obrigações, teria quatro frentes ancoras: Administração financeira, Natação, Línguas, Musica, desta forma se concentraria todo o esforço para construção de caráter gerado no berço da criança (leite materno) não deixando que sistemas macro sociais usem sua força para dividir, mas para reciclar os valores no lar preservando sua unidade e integração, impedindo atravessadores no circulo completo do produto gerado.

Haveria uma impossibilidade de vínculos empregatícios, conseqüentemente gera-se uma situação de limitador de prosperidade concentrada, o que permitiria o acesso a muitas famílias, onde o sistema de sobrevivência estaria concentrado nas trocas de produtos familiares. Haveria o combate direto de alguns itens supérfluos, ostentação (quando se trabalha em casa não há necessidade de roupas de grife), tempo com transporte (melhora no sistema coletivo de movimentação), fortalecimento das linguagens internas (os membros da família acabam se conhecendo melhor), condições propicias para busca de valores espirituais, liberdade para movimentações (o produto depende da família, não do local de venda, oferta menor que a procura), nesta rotação mais lenta do consumo, diminui-se os riscos de acidentes (relações humanas carentes), manteria um ritmo mais adequado para a qualidade de vida equilibrada, (pessoal, família, sociedade), propiciaria condições para aprender com a Vida, e não querer ensiná-la.

Apesar de parecer complexo e utópico, descansamos na certeza de que se este projeto provém de Deus, nada poderá impedi-lo, apenas contemplamos sua execução, aumentando a fé e aprendendo novas técnicas de ser mais útil para nós mesmos e para o próximo.

Até mais, fique com Deus!
Sérgio Higa

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